domingo, 27 de março de 2011

A versão externa...

Hoje foi um dia importante, o dia em que tentámos ajudar o bébé Francisco a dar a volta na barriga, para que ficasse numa posição compatível com o parto. Às 9h da manhã lá fomos para o Hospital Santa Maria, onde fomos admitidos na urgência para fazer a versão externa sob a supervisão do Dr. Nuno Claude. Após várias verificações de rotina (quantidade de líquido amniótico; tamanho e posição do bébé; peso do bébé; eventuais circulares do cordão umbilical; proporção feto-pélvica) verificou-se que a manobra continuava a ser possível e viável. Então iniciou-se o procedimento médico, numa sala de tratamentos, com monitorização constante do bébé e mãe, e administração intravenosa de um poderoso relaxante muscular que tornou a barriga e útero completamente maleáveis e sem força. A manobra propriamente dita é mesmo dolorosa, pois é preciso dar pontos de apoio exteriores ao bébé e tentar moldar os seus movimentos na direcção certa. E até certo ponto tudo corria lindamente, pois o bébé é muito pequenino (percentil 11, com 2580gr.) e era muito fácil desalojar os pézinhos da bacia (aparentemente costuma ser o mais difícil). Sentia-se mesmo o bébé a usar o ponto de apoio nos pés e ajudar! O problema é que a cabeça não rodava para baixo... assim, o bébé empurrava-se todo, mas na direcção das costelas, e por mais que se tentasse não se conseguiu reverter o movimento da cabeça na direcção descendente. Foram feitas as 3 tentativas recomendadas, mas nada feito: o Francisco regressa a casa sentado ainda, e a mãe tem ordem para descansar. As marcas exteriores na barriga hão-de passar, bem como as dores - a sensação é de ter passado por uma sessão violentíssima de abdominais intensos durante muito tempo, com a barriga toda moida e vincada com os dedos dos médicos... Muito creme e uma sesta depois, o bébé mexe bem, e a mãe está menos dorida. É improvável que ele consiga dar a volta de forma autónoma, mas nunca se sabe - na próxima terça-feira vou fazer CTG e falar com a médica para vermos um plano B que, provavelmente, incluirá uma cesariana programada.

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